Contratação PJ e as diferenças para CLT

Quando uma pessoa com CNPJ ativo presta serviços para uma outra empresa, denominamos este acordo comercial como contratação PJ.

Muitos negócios estão buscando este tipo de contratação para redução de custos e encargos trabalhistas, mantendo a qualidade do serviço prestado.

Porém é necessário estar atento em como formalizar esse contrato, pois dependo da maneira que que o acordo for feito, a situação pode se enquadrar em ”pejotização”, uma prática criminosa.

Com isso, desenvolvemos este artigo para que você não tenha maiores problemas na hora de fazer uma contratação PJ, confira abaixo todos os pontos abordados.

O que é a contratação por PJ? 

Podemos definir a contratação PJ como um acordo estabelecido entre uma empresa e uma pessoa com CNPJ, na prática é uma relação entre dois negócios, mesmo que o prestador de serviço seja um empresário individual.

Este tipo de contratação geralmente ocorre com o objetivo de contratar serviços mais qualificados, com um profissional especializado em sua área.

Muitos se perguntam se ao contratar um profissional com CNPJ, podem considerar o mesmo como um funcionário e se devem seguir as mesmas regras da CLT, responderemos essa duas perguntas no tópico abaixo.

Quais as diferenças na contratação PJ e CLT?

1.Pessoa Jurídica (PJ)

Alguém contratado como PJ deve seguir as regras legais determinadas pelo regime jurídico de sua empresa, onde regime tributário da mesma define o valor de imposto a ser recolhido.

Além disso, a contratação PJ permite que o contratado tenha liberdade para seguir sua carga horaria, horário em que atua, podendo determinar sua forma de atuação, enquanto um funcionário CLT deve seguir as regras estabelecidas pela empresa.

A pessoa jurídica pode prestar serviço para quantas empresas quiser, não possuindo a necessidade de servir apenas um negócio, aumentando sua renda consequentemente.

Porém em contra partida, uma pessoa jurídica não recebe pagamento de férias nem 13º salário e nem o recolhimento do FGTS, direitos garantidos aos funcionários CLT.

2.Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)

Esse tipo de profissional atua de acordo com as normas da CLT (Consolidação das Leis de Trabalho) e deve ter a sua carteira de trabalho assinada pelo empregador, para para ter acesso aos direitos trabalhistas, como:

  • pagamento de horas extras;
  • férias remuneradas;
  • seguro-desemprego;
  • licença maternidade ou paternidade;
  • vale-transporte etc.

O funcionário CLT possui apenas uma fonte legal de faturamento, a empresa que assinou a sua carteira.

Com isso, é importante estar atento e analisar qual a melhor opção para o serviço que você exerce, ser PJ ou CLT de acordo com as vantagens e desvantagens que cada modelo lhe oferece. No caso das empresas, contratar CLT ou PJ irá depender da necessidade da empresa na hora da contratação.

Direitos do PJ

Como você já sabe, um PJ não possui férias remuneradas, mas nada impede que o funcionário entre em um acordo com a empresa para usufruir desse descanso, porém não é obrigação do contratante remunerar esse período

O 13º salário segue a mesma linha de raciocínio, caso o funcionário PJ deseje receber este benefício, deve fazer um controle assertivo de seu faturamento mensal, direcionando um valor para isso, relativo ao que pretende obter no final dos anos.

Qual a carga horaria de um PJ?

De acordo com o inciso XIII do artigo 7 da Constituição Federal de 1988:

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; (Vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943).

Assim, ao realizar uma contratação CLT, deve-se seguir as normas pontuadas acima.

No caso da contratação PJ isso não acontece, pois não existem leis que determinem a carga horaria de um PJ, dessa forma o profissional possui liberdade para escolher os dias e horários em que deve trabalhar, não possuindo a necessidade de trabalhar todos os dias.

O que acontece nesses casos é um acordo entre contratante e contratado, para definirem dias e horários em que os serviços serão prestados. Lembrando que deve ser um acordo comum entre abas as partes, de preferencia registrado em contrato para evitar futuros problemas.

Em caso de feriados também não existem regras pré-definidas, tudo deve ser acordado entre a empresa e o PJ no momento da contratação dos serviços, não há regra ou lei que determine o descanso nesse dia ou a atuação junto a empresa que o contratou e caso o PJ decida atuar nesses dias, não receberá hora extra nem nada semelhante.

PJ ganha mais que CLT?

Geralmente isso acontece pois o valor recebido pelo PJ é líquido, sem nenhum tipo de desconto legal sobre a quantia que ele recebe da empresa contratante.

Além disso, um PJ pode determinar o preço de seu serviço, ele liberdade para cobrar o valor que acha justo em troca de suas atividades exercidas.

É importante lembrar que o PJ deve pagar os impostos de acordo com seu regime tributário, as obrigações fiscais e tributárias devem ser consideradas no momento de definir os valores a serem cobrados.

Diferença entre a contratação de PJ e

terceirização

A terceirização é uma relação entre duas empresas, onde a prestadora do serviços envia funcionários para realizar as devidas atividades. Relação muito comum em serviços de segurança, manutenção, limpeza e muitos outros.

No caso da Contratação PJ, o titular do CNPJ é o próprio prestador de serviço. Porém nada impede que o mesmo designe outra pessoa para realizar o serviço, desde que seja um funcionário registrado.

Riscos para ao fazer uma contratação PJ

O maior risco na hora de realizar uma contratação PJ é a caracterização de subordinação, que ocorre quando um profissional segue as normas da empresa contratante, levando à pejotização.

Caso o profissional prove algum vínculo trabalhista, a empresa que contratou seus serviços pode ser condenada a pagar os direitos trabalhistas

Devido a isso, quando for realizar uma contratação PJ, é necessário ter a certeza de que o serviço esteja sendo prestado por uma pessoa, um acordo entre duas empresas.

 

 

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Diferenças entre Dentista PJ (Pessoa Jurídica) e Dentista PF (Pessoa Física).

A escolha entre ser Pessoa Jurídica (PJ) ou Pessoa Física (PF) é uma decisão importante para dentistas e outros profissionais da área da saúde que possuem a opção de trabalhar de ambas as formas. Cada uma dessas modalidades possui características e implicações tributárias distintas, e a escolha adequada depende da situação e das necessidades individuais do profissional.

Dentista como Pessoa Física (PF):

  • Simplicidade e Menor Burocracia: Atuar como PF é mais simples e requer menos burocracia em termos de registros e obrigações legais.
  • Tributação Simplificada: A tributação ocorre no Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), com alíquotas progressivas, mas o profissional pode se beneficiar das deduções pessoais.
  • Limitações na Dedução de Despesas: Há limitações na dedução de algumas despesas relacionadas ao exercício da profissão.
  • Responsabilidade Ilimitada: Como pessoa física, o dentista responde ilimitadamente pelas obrigações da atividade, o que pode expor seu patrimônio pessoal em caso de problemas financeiros.

Dentista como Pessoa Jurídica (PJ):

  • Planejamento Tributário: A PJ permite um planejamento tributário mais elaborado, podendo resultar em carga tributária menor, dependendo do regime escolhido (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real).
  • Responsabilidade Limitada: Ao atuar como PJ, o dentista tem sua responsabilidade limitada ao patrimônio da empresa, o que protege seus bens pessoais em caso de dívidas ou problemas financeiros.
  • Possibilidade de Deduções Ampliadas: A PJ pode deduzir uma série de despesas relacionadas ao exercício da atividade, o que pode reduzir a base de cálculo dos impostos.
  • Requisitos e Obrigações Empresariais: A atuação como PJ envolve algumas obrigações e custos extras relacionados à manutenção da empresa, como contabilidade e taxas.

É importante ressaltar que a escolha entre PF e PJ deve ser feita de forma cuidadosa, considerando fatores como o volume de atividades, a expectativa de faturamento, o tipo de despesas envolvidas e os objetivos financeiros do profissional. É altamente recomendado buscar o auxílio de um contador especializado para avaliar a situação individual e orientar na decisão mais adequada.

Em resumo, a opção por ser Pessoa Jurídica ou Pessoa Física depende das características e necessidades do dentista, e ambas as modalidades têm suas vantagens e desafios.

Dentista pessoa física pode contratar funcionário?

Sim, um dentista pessoa física pode contratar funcionários. A condição de pessoa física não impede a contratação de colaboradores para auxiliar na prestação dos serviços odontológicos. Muitos dentistas que atuam como profissionais autônomos, ou seja, como pessoas físicas, optam por contratar auxiliares, recepcionistas, técnicos em saúde bucal, entre outros profissionais, para ajudar em suas atividades no consultório odontológico.

Ao contratar funcionários, o dentista assume o papel de empregador e deve cumprir todas as obrigações trabalhistas e previdenciárias estabelecidas pelas leis trabalhistas brasileiras. Isso inclui o registro em carteira dos funcionários, o pagamento de salários, o recolhimento de encargos sociais (como INSS e FGTS) e a garantia dos direitos trabalhistas previstos na legislação.

Além disso, o dentista deve estar atento às normas específicas para a categoria, como aquelas definidas pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO), que regulamentam o exercício da odontologia e a atuação dos profissionais e suas equipes.

Cabe ressaltar que, embora o dentista pessoa física possa contratar funcionários, muitos profissionais optam por constituir uma Pessoa Jurídica (PJ) para a prestação de seus serviços odontológicos. Essa decisão pode trazer benefícios tributários e possibilitar outras formas de planejamento financeiro. Por isso, é importante analisar cuidadosamente as particularidades da situação do dentista e buscar o apoio de um contador ou consultor especializado para tomar a decisão mais adequada.

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